Poucos sabem, mas a expressão "
há males que vêm por bem" teve origem neste "
O Poder do Fogo". Isto porque o maçarico Mark L. Lester só acabou como realizador desta adaptação literária de uma das obras de Stephen King porque John Carpenter foi dispensado pela Universal após o flop de bilheteira que tinha sido... "
The Thing". E, ironias do destino, Carpenter foi tratar do maravilhoso "
Christine" - também de Stephen King - para a Columbia e Joel Silver acabou por ficar tão impressionado com o trabalho de Lester aqui que o contratou para orquestrar o mítico "
Commando" um ano mais tarde. Todos ficaram felizes e lá surgiu a famosa...
há males que vêm por bem. Drew Barrymore mais forte que Jennifer Connelly no dia do casting, estreia absoluta de Heather Locklear, Martin Sheen a substituir Burt Lancaster depois do coração deste ter ido à faca e o cabrão - desculpem a força do termo, mas sinto-me amigo de velha data do senhor - do George C. Scott como um índio badass de rabo de cavalo que acaba o filme com uma pala de pirata porque apanhou uma infecção no olho. Actores secundários a levarem com um bónus de quatrocentos dólares se aceitassem "ficar em chamas" e banda-sonora dos Tangerine Dream. Melhor do que tudo? Efeitos especiais práticos, o que inclui bolas de fogo atiradas através de cabos e malta a escapar delas usando trampolins. Que saudades destes tempos em que este tipo de sci-fi flicks não eram filmados em estúdios com gigantescas telas verdes à volta. Falta-lhe ritmo e lógica nas decisões, sobra-lhe tempo de exibição e David Keith tem o mesmo talento perante uma lente que um tronco de madeira? Sim. Mas quem quer saber disso quando tudo o resto remete-nos à magia do cinema de acção/terror palpável e audaz da nossa infância.
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