
O John Woo está para o cinema de acção como o Cristiano Ronaldo para o futebol. Quinze anos de uma carreira fenomenal em campeonatos competitivos - China e Hong Kong -, uma curta experiência que funcionou em Itália - "
Hard Target", "
Broken Arrow" e "
Face/Off" - e depois o descalabro na Arábia Saudita. Fintas (slow motions) que não resultam em nada, imagens de marca como o SIUUU (pombos) a festejar golos de penalty contra manetas, palermices e caretas para as câmeras quando não lhe passam a bola ou perde um jogo (as histórias e os vilões sem chama nem profundidade). Juntem a este piloto automático à busca de um cheque para pagar contas o carisma nulo de um qualquer saudita que lhe centra a bola (Nathalie Emmanuel) e nem a extravagância do Jorge Jesus (Eric Cantona) o salva de fazer figura de camelo neste fim de carreira. Felizes eram os tempos em que suspirávamos por um "
amanhã melhor, fervido à bruta".