Leon Kaufman - o cada vez mais versátil Bradley Cooper - é um fotógrafo cuja mais recente fotografia sobre a vida nocturna na cidade desperta o interesse de uma opinion maker de uma galeria de arte – a ainda voluptuosa Brooke Shields. Desafiado a arranjar mais duas fotos tão boas como aquela na escuridão e periculosidade da noite, Leon rapidamente fica obcecado por um talhante que, segundo suspeita, é o responsável por grande parte dos desaparecimentos por resolver da cidade de Nova Iorque. O seu local de acção? O metro, pela madrugada a dentro. Tornar-se-á Leon uma vítima da sua própria arte?
Baseado num pequeno conto do britânico Clive Barker – o mesmo que escreveu clássicos de terror como “Candyman” ou “Hellraiser” -, “Midnight Meat Train” é uma fita que, para fugir ao banal final feliz, corrompe a sua narrativa com um desfecho reles que não corresponde à qualidade da intriga até então criada. A culpa, é certo, não pode ser atribuída aos responsáveis pela adaptação cinematográfica, que limitaram-se a seguir a obra de Barker, mas o que poderá ter funcionado a nível literário torna-se demasiado fantasioso para a grande tela. Em forma de reviravolta barata, o japonês Ryûhei Kitamura – realizador dos sucessos de bilheteira nipónicos “Azumi” ou “Versus” – retira nexo a uma história até então semi-credível.
De resto, destaque mais do que positivo para Vinnie Jones, num papel que parece ter sido criado de propósito para o polémico ex-jogador de futebol. Sem precisar de abrir a boca, a Jones bastou-lhe o seu porte atlético e um olhar verdadeiramente penetrante para transmitir, com eficácia, o que poucos conseguem no género. Mas, somando todas as partes, “O Comboio dos Mortos” – ou, para os familiarizados, “O Comboio da Meia-Praia” – é uma fita que fica muito aquém do que poderia ter sido.
sexta-feira, julho 31, 2009
quinta-feira, julho 30, 2009
Tarantino por... Tarantino
10. “Os filmes são a minha religião. Tenho a sorte de estar numa posição onde não preciso de fazer filmes para pagar a minha piscina. Quando faço um filme, quero que signifique tudo para mim; ser capaz de morrer por ele.”
9. “Cheguei a um ponto em que gosto mais das críticas da Pauline Kael aos filmes do Godard do que dos próprios filmes do Godard.”
8. “Quando as pessoas perguntam-me se andei numa escola de cinema, respondo-lhes que não. Digo-lhes que fui ao cinema.”
7. “A violência é uma das coisas mais divertidas que se pode ver numa sala de cinema.”
6. (Discurso ao ganhar prémio de “Melhor Filme” nos MTV Movie Awards com Pulp Fiction) “Passei o ano todo a ir a cerimónias de prémios para perder consecutivamente para o Forrest Gump. É algo absolutamente irritante. O que fazemos então? Vimos aos MTV Movie Awards.”
5. (Sobre o casamento de Guy Ritchie e Madonna) “Bem, parece que agora vou ter que me casar com o Elvis Presley para o conseguir igualar.”
4. (Quando questionado sobre qual seria a sua reacção se uma criança, após ver Kill Bill, chegasse à escola e começasse a cortar às rodelas os colegas) “Aceito esse risco. Os filmes violentos não tornam as crianças em pessoas violentas. Talvez os transforme em realizadores violentos, mas essa é outra questão!”
3. (Quando questionado sobre todo o sangue que jorra em Kill Bill) “Bem, é uma imagem de marca do cinema japonês” (ao que a jornalista responde “Mas estamos nos Estados Unidos da América”) “Bem, eu não faço filmes para os norte-americanos. Eu faço filmes para os habitantes do planeta Terra”.
2. “Claro que o Kill Bill é um filme violento. Mas é um filme do Tarantino. Ninguém vai a um concerto de Metallica e pede aos cabrões para baixarem o som”
1. “Esta merda do CGI está a matar o cinema. Se eu quisesse toda esta porcaria dos efeitos de jogos de computador, teria enfiado o meu pénis numa Nintendo!”
quarta-feira, julho 29, 2009
Finding Nemo (2003)
A vida pode ser muito perigosa para um pequeno e indefeso peixe-palhaço. E quando Marlin vê o filho Nemo ser capturado para ser enclausurado num qualquer aquário, tem de pôr de lado os seus medos e partir à procura do seu único filhote. Para essa missão, Marlin conta com a ajuda de Doris, uma optimista mas esquecida Blue Tang que acredita que sabe falar o baleiês, ou seja, a língua das baleias.
Com um universo único repleto de cor e detalhes fantásticos, a Pixar conseguiu tornar uma simples narrativa numa aventura humanamente enriquecedora, repleta de personagens tão bizarras e irresistíveis como tubarões vegetarianos e sentimentais, tartarugas surfistas, pelicanos trapalhões, caranguejos rezingões e um bando de gaivotas sem vivalma de inteligência. Com interpretações vocais de excelência – destaque para Ellen De Generes e a sua Doris – e um mão cheia de referências de homenagem a ícones de Hollywood como Kubrick ou Hitchcock, "À Procura de Nemo" é um marco de identidade visual e independência na história da Pixar.
Com um universo único repleto de cor e detalhes fantásticos, a Pixar conseguiu tornar uma simples narrativa numa aventura humanamente enriquecedora, repleta de personagens tão bizarras e irresistíveis como tubarões vegetarianos e sentimentais, tartarugas surfistas, pelicanos trapalhões, caranguejos rezingões e um bando de gaivotas sem vivalma de inteligência. Com interpretações vocais de excelência – destaque para Ellen De Generes e a sua Doris – e um mão cheia de referências de homenagem a ícones de Hollywood como Kubrick ou Hitchcock, "À Procura de Nemo" é um marco de identidade visual e independência na história da Pixar.
terça-feira, julho 28, 2009
De certeza que não há espaço para mais uma revista de cinema?
Depois de dois anos consecutivos a perder espectadores, as salas de cinema portuguesas ganharam adeptos nos primeiros seis meses de 2009. Segundo dados revelados pelo Instituto de Cinema Audiovisual, entre Janeiro e Junho deste ano, as salas de cinema receberam mais de sete milhões de pessoas, o que significa um crescimento de 1,3 por cento comparativamente ao período homólogo de 2008.
"Este crescimento do número de espectadores demonstra que o cinema apresenta uma performance positiva, mesmo em época de crise", sustenta Catarina Bastos, directora-geral da Screenvision Portugal, empresa concessionária do espaço publicitário da maioria das salas de cinema portuguesas. Esta responsável acrescenta ainda que "este aumento de audiências vem contribuir para o fortalecimento do cinema enquanto meio e plataforma de comunicação". [F]
segunda-feira, julho 27, 2009
domingo, julho 26, 2009
Man on Wire (2008)
7 de Agosto de 1974. Depois de uma cansativa madrugada a preparar aquele que viria a ser considerado mais tarde o “crime artístico do século”, um exausto Philippe Petit prepara-se para atravessar um arame preso entre os topos das duas torres gémeas do World Trade Center, em plena Nova Iorque, sem qualquer protecção ou rede de segurança instalada. “Man on Wire”, obra do britânico James Marsh premiada com o Óscar de Melhor Documentário, narra a história de uma ideia que nasceu numa sala de espera de um dentista e a preparação de um acto ilegal de imprudência humana, que colocava em causa não só a vida do funâmbulo francês, mas os destinos de todos aqueles que o ajudavam.
“Homem no Arame” é um documentário sobre uma epopeia fantástica e impossível de coragem, perseverança e determinação humana. Numa montagem harmoniosa entre imagens de arquivo, entrevistas actuais e dramatizações de época e uma sonoplastia cuidada ao cargo dos temas escolhidos pelo conceituado Michael Nyman, a nível técnico poucas ou nenhumas lacunas podem ser atribuídas a James Marsh e à sua equipa. O primeiro desafio colocado a Marsh terá sido mesmo o de transformar a razão de ser de “Man on Wire” na obrigatória hora e meia de fita. Inteligentemente, articulando as travessias entre os sinos de Notre Dame e as torres da Ponte de Sidney Harbout na primeira meia hora, Marsh constrói uma base de fundo que permite ultrapassar essa barreira, sem monopolizar o interesse da obra ou atormentar a paciência do espectador com uma única vertente narrativa.
Mas há em “Homem no Arame” uma visão demasiado unilateral de glorificação do feito. Os custos e as dificuldades são exacerbadas ao máximo, enquanto que as comodidades do contexto socioeconómico de Petit são colocadas de parte. Durante hora e meia conhecemos o melhor de um homem fantástico, para depois percebermos que a fama o levou para o lado negro da força. Quando pensamos que vamos ver esse lado explorado, um simples “porque sim” de um dos seus melhores amigos e algumas lágrimas da soluçante ex-namorada encerram esse novo capítulo da vida de Philippe. Terá sido um caso amoroso secreto suficiente para quebrar laços tão fortes com todos aqueles que o ajudaram? Não me parece. Seria mesmo Petit um simples funâmbulo? Se sim, como arranjava dinheiro para tantas viagens intercontinentais de preparação do “golpe”, bem como para todos os materiais envolvidos? Ao entusiasta mais atento, dificilmente passarão em claro estas dúvidas. E é essa concentração na beatificação do herói, enquanto que o vilão é colocado de parte, que faz com que “Man on Wire” pareça um projecto algo adulterado. E é pena que assim o seja.
“Homem no Arame” é um documentário sobre uma epopeia fantástica e impossível de coragem, perseverança e determinação humana. Numa montagem harmoniosa entre imagens de arquivo, entrevistas actuais e dramatizações de época e uma sonoplastia cuidada ao cargo dos temas escolhidos pelo conceituado Michael Nyman, a nível técnico poucas ou nenhumas lacunas podem ser atribuídas a James Marsh e à sua equipa. O primeiro desafio colocado a Marsh terá sido mesmo o de transformar a razão de ser de “Man on Wire” na obrigatória hora e meia de fita. Inteligentemente, articulando as travessias entre os sinos de Notre Dame e as torres da Ponte de Sidney Harbout na primeira meia hora, Marsh constrói uma base de fundo que permite ultrapassar essa barreira, sem monopolizar o interesse da obra ou atormentar a paciência do espectador com uma única vertente narrativa.
Mas há em “Homem no Arame” uma visão demasiado unilateral de glorificação do feito. Os custos e as dificuldades são exacerbadas ao máximo, enquanto que as comodidades do contexto socioeconómico de Petit são colocadas de parte. Durante hora e meia conhecemos o melhor de um homem fantástico, para depois percebermos que a fama o levou para o lado negro da força. Quando pensamos que vamos ver esse lado explorado, um simples “porque sim” de um dos seus melhores amigos e algumas lágrimas da soluçante ex-namorada encerram esse novo capítulo da vida de Philippe. Terá sido um caso amoroso secreto suficiente para quebrar laços tão fortes com todos aqueles que o ajudaram? Não me parece. Seria mesmo Petit um simples funâmbulo? Se sim, como arranjava dinheiro para tantas viagens intercontinentais de preparação do “golpe”, bem como para todos os materiais envolvidos? Ao entusiasta mais atento, dificilmente passarão em claro estas dúvidas. E é essa concentração na beatificação do herói, enquanto que o vilão é colocado de parte, que faz com que “Man on Wire” pareça um projecto algo adulterado. E é pena que assim o seja.
sábado, julho 25, 2009
Sol, mar, praia, mergulho, jetski e... Orange County
Têm sido assim os meus poucos dias de férias este Verão. Há noite, quando as pernas e o corpo pedem por descanso, "The O.C", episódio após episódio, parece-me justificar a queda de audiências que o gráfico demonstra. Mas sempre que tal acontece, olho para a fantástica edição encadernada das quatro temporadas encomendada através da Amazon e esqueço a desilusão.
sexta-feira, julho 24, 2009
Chuck - Terceira Temporada
quinta-feira, julho 23, 2009
quarta-feira, julho 22, 2009
Clichés do terror: a separação
Qualquer plano de busca que envolva a separação das personagens em vários caminhos distintos, resulta em múltiplas mortes.
terça-feira, julho 21, 2009
Take 17 - Julho de 2009
Junho e Julho. Dois meses de calor, suor e muitas noites sem dormir. Mas desta vez, todo o esforço de uma equipa incansável parece começar a dar frutos nas mais diversas vertentes, principalmente nas que concernem à divulgação e promoção do nosso trabalho. O que para muitos pode parecer banal – ridículo e insignificante até -, para nós é uma rajada de confiança e motivação. Pormenores como o alcançar várias centenas de fãs em pouco mais de duas ou três semanas de presença no Facebook inspiram-nos a continuar a escrever, investigar e chatear quem não gosta de ser chateado. Das palavras simpáticas aos simples “thumbs up”, das sugestões às críticas, todo e qualquer gesto é recebido com vários sorrisos. O meu, o do director e o de todos os que, mês após mês, batalham pelo sucesso desta revista em moldes pouco tradicionais.
Mas em mês de Tarantino na nossa capa, não é essa a única luz ao fundo do túnel. A possibilidade – pelo menos existem perspectivas de diálogo e propostas apalavradas – de uma ou outra parceria com estruturas profissionais conhecidas de todos os portugueses poderá, já nos próximos meses, levar a Take a novos leitores, numa estratégia de credibilização, promoção e responsabilização definida por nós, mas que não teria concretização possível sem a boa vontade de quem olha para a Take com admiração e respeito.
Tudo isto leva-nos a pensar que esta será mesmo a hora da verdade. Conseguiremos finalmente passar a barreira dos dez a quinze mil leitores, média na qual estamos “entalados” há vários meses? Será desta que, mais do que contactada para uma possível parceria, a Take é descoberta por um potencial investidor? Que saltos faltam dar? O que está ainda por fazer? Ideias não nos faltam. Dê por onde der, o futuro hoje está menos enevoado do que no mês passado. E pode ser que, daqui a uns dias, a chave desse futuro passe pelas páginas de um jornal de referência em Portugal. “Stay tuned” no nosso Facebook para não perder todas as novidades, diariamente.
segunda-feira, julho 20, 2009
Tyson (2008)
Através da sua faceta controversa de animal selvagem, dentro e fora dos ringues, Mike Tyson tornou-se um ícone da cultura pop e desportiva dos anos noventa. Sumariamente, o feroz “Iron Mike” ficou conhecido por oscilar bipolarmente entre os momentos públicos obscuros, violentos e trágicos e os discursos de derrota com estranho fair-play ou promessas de amor com improvável doçura. Marcado pelas suas origens – aos doze anos já estava detido num centro juvenil e tinha visto amigos morrer às custas de assaltos mal sucedidos ou por consumo irresponsável de drogas e álcool -, “Tyson”, o documentário, oferece-nos o retrato de uma vida polémica. Infelizmente, o nova-iorquino James Toback demonstra uma incompetência assaz e, ao invés de explorar o anti-herói, deixa-o auto-destruir-se através de uma narração absurda, espaçada – para não dizer tartamuda – e ilustrativa da decadência cerebral de Tyson.
A descredibilização do mito não fica por aí. Todas as imagens e falas do presente são autênticos tiros nos pés, contrariando a mensagem que a articulação com imagens de arquivo pretende passar – a de um homem mudado, arrependido de todo o mal que fez (e não foi pouco). Assim, o que há para elevar – o desportista fantástico – é inferiorizado pelo mal que Tyson fez ao mundo. E se provas não faltam para tal – dos três anos que esteve preso por violação aos constantes abusos a outros mulheres -, não é dada uma única pista real em relação ao tão proferido arrependimento.
A nível técnico, também “Tyson” é uma catástrofe. A sobreposição de vozes e imagens da entrevista actual é absurda e a montagem um fiasco. A única construção bem elaborada durante quase hora e meia de fita é a da relação de Tyson com o seu primeiro treinador, Cus D'Amato, realmente sentimental e demonstrativa da sua importância e influência para o nascimento de um mito. De resto, a única mensagem que realmente passa é a de que Mike Tyson é um convencido de primeira, rude e mal-educado, que considerava trair as suas mulheres algo natural dado o seu estatuto de estrela – eram, passo a citar, “actividades extra-curriculares” –, mas também a de um ignorante de primeira, que considera Istambul um país. Por vezes, garantir a intemporalidade um ícone desportivo ou geracional passa por não fazer nada. Simplesmente deixar que o misticismo que o envolve trate do assunto. Toback fez o contrário e pode muito bem ter aniquilado para muitos o mistério de um ser supremo da história do boxe. Longe ou não da fama, neste momento Evander Holyfield deve estar com um sorriso de orelha a semi-orelha – para um mau documentário, nada melhor que uma piada de mau gosto.
A descredibilização do mito não fica por aí. Todas as imagens e falas do presente são autênticos tiros nos pés, contrariando a mensagem que a articulação com imagens de arquivo pretende passar – a de um homem mudado, arrependido de todo o mal que fez (e não foi pouco). Assim, o que há para elevar – o desportista fantástico – é inferiorizado pelo mal que Tyson fez ao mundo. E se provas não faltam para tal – dos três anos que esteve preso por violação aos constantes abusos a outros mulheres -, não é dada uma única pista real em relação ao tão proferido arrependimento.
A nível técnico, também “Tyson” é uma catástrofe. A sobreposição de vozes e imagens da entrevista actual é absurda e a montagem um fiasco. A única construção bem elaborada durante quase hora e meia de fita é a da relação de Tyson com o seu primeiro treinador, Cus D'Amato, realmente sentimental e demonstrativa da sua importância e influência para o nascimento de um mito. De resto, a única mensagem que realmente passa é a de que Mike Tyson é um convencido de primeira, rude e mal-educado, que considerava trair as suas mulheres algo natural dado o seu estatuto de estrela – eram, passo a citar, “actividades extra-curriculares” –, mas também a de um ignorante de primeira, que considera Istambul um país. Por vezes, garantir a intemporalidade um ícone desportivo ou geracional passa por não fazer nada. Simplesmente deixar que o misticismo que o envolve trate do assunto. Toback fez o contrário e pode muito bem ter aniquilado para muitos o mistério de um ser supremo da história do boxe. Longe ou não da fama, neste momento Evander Holyfield deve estar com um sorriso de orelha a semi-orelha – para um mau documentário, nada melhor que uma piada de mau gosto.
sábado, julho 18, 2009
Séries de Ficção Científica dos anos 80
Séries de ficção científica dos anos 80, essa praga. Ainda hoje pago psicoterapia pelos danos que me causaram. Galáctica, Buck Rogers no Século XXV, Space 1999, Captain Powers and The Soldiers of The Future e V. Uma autópsia detalhada ao estilo “análise de danos psicológicos”. Uma viagem ao mais negro que a mente humana tem para oferecer: xunga do velho! [Artigo CX]
sexta-feira, julho 17, 2009
quinta-feira, julho 16, 2009
Passatempo Take/Facebook - Os Limites do Controlo
A Take Cinema Magazine e a Castello Lopes Multimédia têm 10 cartazes de "The Limits of Control" - filme de Jim Jarmusch com estreia prevista a 30 de Julho - para oferecer em exclusivo aos fãs da Take no Facebook. Não perca as próximas actualizações da Take nessa plataforma para descobrir como pode ser um dos premiados.
quarta-feira, julho 15, 2009
terça-feira, julho 14, 2009
Antevisão: Public Enemies
Um dos mais conceituados realizadores da indústria e dois actores de inegável talento adorados pelo público e pelas bilheteiras – falo, obviamente, de Depp e Bale – juntos num filme sobre mafiosos na década de trinta, altura em que rebentou nos Estados Unidos da América uma das mais graves ondas de crime da sua história. Na narrativa de Mann – acumula o guião à realização -, Bale é Melvin Purvis, um agente do FBI que persegue o mais famoso assaltante de bancos da época, John Dillinger (Depp), ele que revolucionou as famosas listas dos mais procurados do Bureau. A recentemente oscarizada Marion Cotillard assegura a habitual intriga amorosa da fita.
É uma das tendências recentes no cinema: o Verão já não pertence aos blockbusters per si, mas a Christian Bale. O ano passado com "The Dark Knight", este ano com "Terminator: Salvation" e este "Public Enemies". O actor que começou em criança com "Empire of the Sun" é, hoje, um dos nomes maiores de Hollywood e garantia de qualidade e retorno de investimento. O mesmo se pode dizer de Johnny Depp. A semelhança entre as carreiras de ambos é, aliás, evidente. Ambos começaram muito jovens no meio e construíram, alternando papéis artísticos e independentes com outros claramente comerciais, um estatuto de culto em volta da sua versatilidade interpretativa – tanto conseguem ser os maus da fita como os heróis com a mesma facilidade. Isto tudo sem terem precisado de conquistar um único galardão de renome.
Michael Mann, por sua vez, é o homem certo para protagonizar estes encontros de titãs na tela. Tal como o fez brilhantemente nos anos noventa com De Niro e Al Pacino – não serão Bale e Depp a dupla equivalente deste início de século?!? -, o multi-premiado realizador norte-americano é um dos mais exímios e equilibrados executantes de acção – a sua zona de conforto. Prova disso é que raramente deixa esta sobrepor-se ao argumento, usando-a como catalisador de emoções e reacções e não como resultado do esgotamento destas. O que faz é sempre respeitado pela crítica, mesmo que a bilheteira e as pipocas não o façam. Além disso, deve ser um dos realizadores com a maior quota de actores por filme nomeados para Óscares em Hollywood. Apenas mais uma prova de que os seus filmes são muito mais do que uma chuva de explosões e efeitos especiais. Obrigatório.
segunda-feira, julho 13, 2009
TVDEmmys
O TV Dependente foi o grande vencedor da categoria "Melhor Blogue de Cinema/TV" na última edição dos Globos de Prata CN. Agora, chegou a altura de o ZB levar a competição para outro nível e entregar os seus próprios Emmys à indústria televisiva, numa espécie de prognóstico do que pode vir a acontecer no próximo dia 20 de Setembro. A conferir, aqui.
domingo, julho 12, 2009
Bendita a hora em que encomendei isto!
The Total Beach Experience Glamour. Glitz. Schemes. Dreams. The O.C. is the place to be. The complete series is yours in this extras-loaded DVD set. Includes all 92 episodes on 28 discs and tons of extras: Season 1 Remastered and presented in Widescreen for the First Time! Over 6 hours of Special Features.
sábado, julho 11, 2009
The Auteurs
"Martin Scorsese só podia ser um insatisfeito. Nada menos seria de esperar de quem assimilou toda a história do cinema - dos EUA à Europa -, a tornou sua e depois a desmontou em peças fundamentais da cultura dos últimos 50 anos. Resta-lhe continuar a explicar os porquês desta paixão - entre os clássicos e os blockbusters -, e foi em The Auteurs que encontrou a solução perfeita: uma rede social que oferece filmes, serve de clube de vídeo e convida à discussão. Cinefilia em rede, portanto." [F]
Leonard Maltin sobre "Gremlins" em "Gremlins 2"
"Leonard Maltin wasn’t a fan of the original Gremlins; giving it two out of four stars, he criticized it for its over-the-top violence and mean-spirited gags. When it came time for Joe Dante to direct the sequel, instead of resorting to character assassination or ham-fisted mockery to respond to the review, he went straight to the source, and gave Maltin a cameo in the film. Maltin plays a critic for The Movie Police, repeating some of his problems with the first movie before the gremlins show up to register their displeasure by eating him alive. It’s a funny bit that manages to speak well of both the critic and the director; the former for being in on the joke, and the latter for knowing that only small imaginary monsters take anything Maltin says seriously." [F]
sexta-feira, julho 10, 2009
King of California (2007)
Estreia absoluta na realização do desconhecido Mike Cahill – que até aqui não tinha feito nada mais na indústria além da edição de alguns documentários de segundo plano e a escrita de uma ou outra obra literária ficcional -, “O Rei da Califórnia” é uma película típica do cinema independente norte-americano, apadrinhada – que é como quem diz, produzida – por Alexander Payne, um dos nomes mais fortes desta corrente nos últimos anos. A história, para não fugir a uma das regras-chave recentes de sucesso para as fitas independentes, foca-se nas relações interpessoais de uma família disfuncional, neste caso entre uma uma filha que é adulta e um pai que é criança.
A razão para tal é simples. Miranda (a sensacional e então promissora, agora certeza, Evan Rachel Wood) é, aos dezasseis anos, uma rapariga que já sofreu todas as desilusões possíveis na vida e, mesmo assim, sobreviveu e continua a lutar por uma existência feliz. Abandonada pela mãe e sem a companhia do pai (Michael Douglas) – internado num manicómio -, abandonou a escola, comprou o seu carro pelo eBay e trabalha num McDonald’s para pagar a renda da casa. O pai, agora de regresso a casa, não parece ter melhorado. Aliás, muito pelo contrário: veio obcecado com a possível existência de um tesouro espanhol na região da Califórnia, onde os dois moram. Sem coragem para contrariar a felicidade e a odisseia do pai, Miranda vai acompanhá-lo numa aventura surreal que, aos poucos, vai ganhando forma.
A primeira nota – e logo de desagrado - vai para a distribuição nacional do filme. Com estreia absoluta internacional em Janeiro de 2007, “King of California” esteve inicialmente para estrear nos cinemas portugueses no primeiro semestre de 2008. Não o fez e foi sendo consecutivamente adiado, mês após mês, até Maio de 2009. Não há muito a ser dito que não fique explícito no intervalo temporal descrito. Para fechar a questão, basta relembrar que o filme foi lançado em DVD no restante continente europeu entre Janeiro e Maio... de 2008. Não será este “nim” das distribuidoras – que não deixa o filme estrear nos cinemas nem saltar logo para o mercado de DVD – o maior incentivo possível à tão combatida pirataria?
Outra consequência – e essa ainda mais desagradável – é não ter tido a oportunidade de acompanhar o crescimento de uma grande actriz. Evan Rachel Wood demonstrava aqui, ao lado do talentoso e multi-dimensional Michael Douglas, ser um das figuras de maior potencial na sua geração. A confirmação – “The Wrestler” -, no entanto, chegou primeiro que o testemunho de uma promessa. Em suma, uma comédia simples e simpática, que não deslumbra mas serve para espairecer dentro de um género cada vez mais comercial e rotulado por fórmulas de bilheteira.
A razão para tal é simples. Miranda (a sensacional e então promissora, agora certeza, Evan Rachel Wood) é, aos dezasseis anos, uma rapariga que já sofreu todas as desilusões possíveis na vida e, mesmo assim, sobreviveu e continua a lutar por uma existência feliz. Abandonada pela mãe e sem a companhia do pai (Michael Douglas) – internado num manicómio -, abandonou a escola, comprou o seu carro pelo eBay e trabalha num McDonald’s para pagar a renda da casa. O pai, agora de regresso a casa, não parece ter melhorado. Aliás, muito pelo contrário: veio obcecado com a possível existência de um tesouro espanhol na região da Califórnia, onde os dois moram. Sem coragem para contrariar a felicidade e a odisseia do pai, Miranda vai acompanhá-lo numa aventura surreal que, aos poucos, vai ganhando forma.
A primeira nota – e logo de desagrado - vai para a distribuição nacional do filme. Com estreia absoluta internacional em Janeiro de 2007, “King of California” esteve inicialmente para estrear nos cinemas portugueses no primeiro semestre de 2008. Não o fez e foi sendo consecutivamente adiado, mês após mês, até Maio de 2009. Não há muito a ser dito que não fique explícito no intervalo temporal descrito. Para fechar a questão, basta relembrar que o filme foi lançado em DVD no restante continente europeu entre Janeiro e Maio... de 2008. Não será este “nim” das distribuidoras – que não deixa o filme estrear nos cinemas nem saltar logo para o mercado de DVD – o maior incentivo possível à tão combatida pirataria?
Outra consequência – e essa ainda mais desagradável – é não ter tido a oportunidade de acompanhar o crescimento de uma grande actriz. Evan Rachel Wood demonstrava aqui, ao lado do talentoso e multi-dimensional Michael Douglas, ser um das figuras de maior potencial na sua geração. A confirmação – “The Wrestler” -, no entanto, chegou primeiro que o testemunho de uma promessa. Em suma, uma comédia simples e simpática, que não deslumbra mas serve para espairecer dentro de um género cada vez mais comercial e rotulado por fórmulas de bilheteira.
quinta-feira, julho 09, 2009
Jump in my Car
O petrhos, via twitter, colocou-me a par deste verdadeiro hino "Hoff"! Uma mistura de "Knight Rider" e "Baywatch" que... bem... estou sem palavras. Salva-se a morena.
quarta-feira, julho 08, 2009
Desafio: Qual o/a vosso/a favorito/a de Baywatch?
Não consigo escolher apenas uma. E a culpa não é das suspeitas do costume. Há três que sempre me tiraram do sério e não precisaram da ajuda do Hugh Hefner para isso: a morena Yasmine Bleeth, a exótica Stacy Kamano e a loira Brooke Burns. O que é feito delas? Ninguém sabe. Prova do seu imenso talento para a coisa.
terça-feira, julho 07, 2009
Guionista de "A Ressaca" estreia-se na realização com...
"Baywatch, The Movie". A Paramount comprou os direitos da obra à Dreamworks, que tinha o projecto pendurado desde 2004, altura em que Eli Roth foi referido como nome mais do que provável para realizar a adaptação cinematográfica da série mais vista em todo o mundo durante os anos noventa. Mudança radical de estilo, que pode muito bem ser a salvação de um filme que parece condenado à partida pelo público e pela critica. Mas não pelas bilheteiras, como é óbvio. [F]
segunda-feira, julho 06, 2009
domingo, julho 05, 2009
X2 (2003)
Numa sociedade cada vez mais hostil para com os mutantes, uma tentativa de homícidio de um destes ao Presidente norte-americano dá ao Coronel William Stryker – o brilhante Brian Cox – a oportunidade que há muito anseava de desencadear uma guerra pela exterminação daqueles que sempre considerou ser produto de uma aberração da natureza. Sem hipóteses de sair por cima de uma batalha injusta, Xavier e os seus alunos e discípulos juntam forças com Magneto e o seu grupo, cujas motivações que no primeiro capítulo da saga tinham sido combatidas, agora parecem ter alguma razão para existirem.
Sequela assinada pelo mesmo autor do capítulo de estreia, Bryan Singer, “X2” é o melhor filme da saga até ao momento, “X-Men Origens: Wolverine” incluído. Repleto de cenas-chave construídas de forma esplêndida – como a sequência inicial que apresenta Nightcrawler ao público e desencadeia o enredo -, bastou esperar pelo ataque à mansão X para confirmarmos que os problemas em lidar com cenas de acção que Singer enfrentara três anos antes já não existiam aqui. Ajuda ou não dos cinquenta milhões de dólares extra de orçamento, a verdade é que mesmo a nível narrativo, “X2” declarava uma abordagem óbvia e importante à metáfora do direito à diferença e da integração dos mutantes na sociedade, de uma maneira que nenhum dos outros “X-Men” tinha feito ou viria a fazer mais tarde. Ou seja, “X2” trazia aperfeiçoamentos ao nível do estilo e da substância, sem perder a mística e a fidelidade à banda desenhada que tinha agradado até aos mais fanáticos fãs da Marvel.
Apostando na correcta - mas nem sempre possível - continuidade de um elenco de excepção, composto por alguns dos mais conceituados nomes da indústria cinematográfica norte-americana, “X2” desaproveita, no entanto, na quantidade a qualidade de actores como Rebecca Romijn-Stamos ou Halle Berry. O charme e o carisma de Jackman para a sua personagem continuavam a justificar uma escolha improvável e as dúvidas sobre o seu passado ganhavam forma em Stryker, um vilão magistralmente interpretado por Brian Cox, que não precisa de nenhuma mutação para triunfar nas suas intenções. Por fim, destaque para Michael Dougherty e Dan Harris, guionistas que se juntaram a David Hayter neste segundo capítulo e ofereceram à saga o humor e o equilíbrio que haviam faltado ao primeiro filme de Singer. E, porque não, para o escocês Alan Cumming, numa personagem que aproveita muitas das suas características, sem o reduzir à patetice de personagens bacocas em filmes como “Spy Kids” ou “The Son of the Mask”.
Sequela assinada pelo mesmo autor do capítulo de estreia, Bryan Singer, “X2” é o melhor filme da saga até ao momento, “X-Men Origens: Wolverine” incluído. Repleto de cenas-chave construídas de forma esplêndida – como a sequência inicial que apresenta Nightcrawler ao público e desencadeia o enredo -, bastou esperar pelo ataque à mansão X para confirmarmos que os problemas em lidar com cenas de acção que Singer enfrentara três anos antes já não existiam aqui. Ajuda ou não dos cinquenta milhões de dólares extra de orçamento, a verdade é que mesmo a nível narrativo, “X2” declarava uma abordagem óbvia e importante à metáfora do direito à diferença e da integração dos mutantes na sociedade, de uma maneira que nenhum dos outros “X-Men” tinha feito ou viria a fazer mais tarde. Ou seja, “X2” trazia aperfeiçoamentos ao nível do estilo e da substância, sem perder a mística e a fidelidade à banda desenhada que tinha agradado até aos mais fanáticos fãs da Marvel.
Apostando na correcta - mas nem sempre possível - continuidade de um elenco de excepção, composto por alguns dos mais conceituados nomes da indústria cinematográfica norte-americana, “X2” desaproveita, no entanto, na quantidade a qualidade de actores como Rebecca Romijn-Stamos ou Halle Berry. O charme e o carisma de Jackman para a sua personagem continuavam a justificar uma escolha improvável e as dúvidas sobre o seu passado ganhavam forma em Stryker, um vilão magistralmente interpretado por Brian Cox, que não precisa de nenhuma mutação para triunfar nas suas intenções. Por fim, destaque para Michael Dougherty e Dan Harris, guionistas que se juntaram a David Hayter neste segundo capítulo e ofereceram à saga o humor e o equilíbrio que haviam faltado ao primeiro filme de Singer. E, porque não, para o escocês Alan Cumming, numa personagem que aproveita muitas das suas características, sem o reduzir à patetice de personagens bacocas em filmes como “Spy Kids” ou “The Son of the Mask”.
sábado, julho 04, 2009
10 Blogues, 5 Filmes, 1 Realizador - Março de 2009
"Gran Torino" foi sem dúvida alguma o melhor filme de Março, correndo sérios riscos de ser também nomeado por vários como melhor do ano, lá para Dezembro. Quanto a Zack Snyder, fica o desafio: qual o vosso favorito? "300", "Watchmen" ou "Dawn of the Dead"?
sexta-feira, julho 03, 2009
Revista Take no Facebook
Fan Art, passatempos, notícias, sondagens e todo o tipo de actualizações referentes à Take Cinema Magazine agora no Facebook. Tornem-se fãs da Take por lá e acompanhem por dentro todas as novidades e surpresas relacionadas com futuras edições da revista. E relembrem e discutam, no nosso mural ou através dos nossos álbuns, todos os artigos, críticas e entrevistas que fizeram parte dos dezassete números já publicados. Um espaço que contará com conteúdos exclusivos e passatempos únicos para aqueles que realmente seguem a Take com carinho.
Estado Crítico
O 17º Curtas Vila do Conde - Festival Internacional de Cinema, que terá lugar no Teatro Municipal de Vila do Conde entre 4 e 12 de Julho, promove no dia 10 de Julho, às 15h00, um debate intitulado "Estado Crítico". Neste, alguns dos principais críticos portugueses e espanhóis debatem o estado actual da crítica cinematográfica, no contexto nacional e internacional. A crítica do cinema das salas comerciais, do cinema dos festivais, dos jornais diários, dos semanários, das revistas de cinema, dos blogs.
quinta-feira, julho 02, 2009
Serviço de Urgência - RTP 2
"Venho por este meio mostrar a minha indignação com a Direcção de Programas da RTP2 por ter tomado a decisão de interromper a transmissão regular da série Serviço de Urgência a partir do dia 6 de Julho, passando do final da 10ª temporada para a 15ª e última temporada da série." [Manuel Reis]
Simpsonized Characters
O blogue Springfield Punx é um achado daqueles cada vez mais raros. Das personagens de Lost aos caçadores de Ghostbusters, a qualidade de cada "simpsonização" é indiscutível. Vasculhar os arquivos do blogue é uma obrigação para qualquer apaixonado da série de Matt Groening. Fantástico trabalho. [Via /Film]
quarta-feira, julho 01, 2009
Emily Blunt quer ser ícone gay
"I'm going to become a gay icon. Have I ever flirted with that side? No, never, but I do remember girl crushes on other girls in your year group at school. There are these girls who are magnetic and beautiful and so cool. You just feel yourself shrink in their presence." [F]
Separados à nascença
O velhinho CinemaXunga oferece uma mega compilação - fiquei admirado deste último termo não ter sido alvo de uma piada subversiva, ficando a aguardar por uma resposta à altura que envolva o Chewbacca - de actores que parecem ter sido separados à nascença. A não perder pelos mais curiosos.
Carta de amor aos velhinhos videoclubes
"As a kid of the 1980s and never really liking sport, climbing trees, or going out, for that matter, one of the biggest pleasures in life was the video shop. They have, over the past decade become something of a rarity, with only Blockbuster really still having a presence on the high street. However, back in the '80s there were so many independent video shops that you were spoilt for choice." [Artigo Completo]
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