segunda-feira, julho 31, 2023

From the World of John Wick

domingo, julho 30, 2023

sábado, julho 29, 2023

Sardinha em Lata @ VHS

sexta-feira, julho 28, 2023

Evil Toons (1992)

David Carradine com um Necronomicon com sentido de humor nas mãos - saltar para conclusões, diz o livro, num momento altamente premonitório do que haveria de ser o fim de Carradine quase duas décadas depois. Ora em mais um clássico de Fred Olen Ray depois do delicioso "Hollywood Chainsaw Hookers", temos então as páginas amarelas da Transilvânia e um grupo de universitárias excitadonas que vai limpar uma mansão durante um fim-de-semana. Uma delas sabe dizer "How Much" em cinco línguas, outra já perdeu a virgindade cinco vezes, outra é contorcionista - seja lá o que isso for - e há uma de óculos que gosta de ver as mamocas ao espelho e sabe latim antigo. Como se houvesse latim moderno. Olímpiadas carnais, a abertura de garrafa mais sexy de sempre, o Biff que é um sprinter na cama, o Carradine de peruca e o Dick Miller a ver-se na televisão e a queixar-se de nunca ter ganho um Óscar. Bem feito, é o castigo por não ligar às sextas-feiras à noite da Michelle Bauer. "Run Meg Run" muito antes de alguém prever sequer o tão famoso "Run Forrest Run" e um boneco animado que aparece menos de um minuto no total, ainda assim o suficiente para estoirar o budget todo de Ray e dar asas ao título do filme. Filmado em oito dias, é a magia dos anos noventa e do politicamente incorrecto, a melhor maneira de estoirar neurónios e mandar umas gargalhadas. "You little bitch! I'll get you in the sequel for this!"

quinta-feira, julho 27, 2023

O Fair Play é uma treta!

quarta-feira, julho 26, 2023

terça-feira, julho 25, 2023

Blade @ Sala Azul

segunda-feira, julho 24, 2023

Heart of Stone (2023)

É o "Mission: Impossible – Dead Reckoning" versão Netflix, cópia praticamente chapada com as mesmas ideias, as mesmas personagens, os mesmos stunts. A "Entidade" é agora "O Coração", o Tom Cruise a Gal Gadot, a asiática badass das pistolas é uma asiática badass das pistolas, a perseguição automóvel em Roma começa no nosso querido Bairro Alto e acaba no Terreiro do Paço, a agência secreta mais secreta que as outras agências secretas que todos conhecem é "A Carta", o submarino nuclear é um Zeppelin todo vidrado e o vilão das telenovelas mexicanas é o taradão sexy das Cinquentas Sombras de Grey. Raios parta a moda da inteligência artificial ligada a um computador quântico que pode prever o futuro, hackear tudo, controlar tudo. Primeira hora bem conseguida até à reviravolta na cidade das tapas - só faltou dizer que Lisboa era a capital de Espanha - e um fadozinho ao fundo. Depois é aguentar, tudo muito certinho e previsível, até ao fim. Não faz mal a ninguém e sim, a Gal Gadot é bem mais bonita que o anão do Tom Cruise.

domingo, julho 23, 2023

Opera Tyrion

sábado, julho 22, 2023

Nalgas Film Festival 2023

sexta-feira, julho 21, 2023

Maria de Medeiros @ VHS

quinta-feira, julho 20, 2023

Death Wish V: The Face of Death (1994)

Um desfile de moda com muita maminha à mostra e uns mafiosos racistas a brincarem com rebarbadoras nos bastidores. Uma estilista amiga de Kersey - agora professor de arquitectura - com um braço negro à custa desses safados - um deles, o malandro do Michael Parks, o seu ex-marido - e, por isso, eis que surge um plano de Kersey para os arrumar na prisão em colaboração com a polícia - os hoje em dia bem reconhecíveis Miguel Sandoval e Saul Rubinek. Idiotas com armas deixam Kersey nervoso - a melhor fala deste quinto tomo - e, porque Kersey é na verdade um pinga amor, a amiga transforma-se em noiva. Já sabem o que isso quer dizer neste universo não sabem? Morte certa a caminho. Mas antes disso ainda fica com a cara desfigurada - obra de um travesti disfarçado numa casa de banho de um restaurante - e volta para casa, só para sofrer mais um bocadinho. O arranque seguro rapidamente se transforma numa conspiração banal entre polícias e ladrões, com atropelamentos trampolim, malta fortíssima no tiro ao vaso - mas terrível no tiro ao Kersey - e mortes por cannellonis envenenados e embrulhamento por papel celofane. Fica a bola bomba de futebol telecomandada para mais tarde recordar e o legado de uma personagem - e de um actor - com um lugar vincado na história do cinema. Pikabooo!

quarta-feira, julho 19, 2023

Sixto Rodriguez (1942-2023)

terça-feira, julho 18, 2023

I am The Game!

segunda-feira, julho 17, 2023

Death Wish 4: The Crackdown (1987)

"Quem és tu?", pergunta um dos mascarados que se multiplicou a cada baixar de cabeça de uma pobre rapariga prestes a ser assaltada num parque de estacionamento na memorável cena de abertura deste quarto capítulo da saga "Death Wish", o primeiro sem Michael Winner na realização. "Sou a Morte!", responde o Paul Kersey de Bronson. Arranque auspicioso, é verdade, mas depois quase tudo na mística quase azeiteira do vingador de Winner banaliza-se no equilíbrio narrativo e na edição tradicional do experiente J. Lee Thompson, um dos realizadores que mais trabalhou com Bronson durante a sua vida mas que se esqueceu que Kersey era muito maior e mais importante do que qualquer arco criminal complexo com múltiplos vilões, polícias corruptos e reviravoltas estratégicas. É tramado alguém ser criticado por ser competente, eu sei, mas foi o sentimento que ficou quando nos apercebemos que a simplicidade de um lança-mísseis ou de uma meia com moedas foi agora substituída por garrafas de vinho com microfones de espionagem à James Bond ou drogas que são contrabandeadas dentro de atuns frescos. Ainda assim, fica a morte por carrinhos de choque, barras de dinamite e o Danny Trejo de cabelinho curto, todo arranjadinho com fato e gravata. Só visto!

domingo, julho 16, 2023

Poirot at Venice

sábado, julho 15, 2023

Death Wish 3 (1985)

Mais de uma década depois dos acontecimentos que o tornaram num vigilante de rua impiedoso, Paul Kersey volta a Nova Iorque, desta vez de autocarro e sem a companhia da mulher. A fórmula a mesma de sempre: no dia em que chega, alguém que lhe é querido é assassinado por um bando de escumalha punk com um penteado original. Winner por uma última vez na cadeira da realização, 3 no título em vez de III porque um estudo revelou que metade da população americana não sabia ler numeração romana, quase tudo filmado em Inglaterra mesmo que aparentemente estejamos na cidade que nunca dorme, Alex Winter - depois de Goldblum e Fishburne - como um dos patifões e a polícia a dar carta branca ao arquitecto mais azarado do planeta para este fazer a sua magia num bairro fora de controlo. Flexões matinais, tábuas com pregos, balas caseiras e armadilhas à Kevin McCallister nas casas dos vizinhos amigos como novos hobbies do viúvo mais requisitado por bonitas e jovens advogadas de defesa do Ministério Público - Deborah Raffin, que nos deixou tão cedo - e uma metralhadora de metro e meio à Rambo para despachar vilanagem em série. Não chega? Então espera, que Bronson recebe um Lança-Mísseis por correio, enviado não se percebe bem por quem; a Amazon que se cuide. "Isto é como matar baratas, temos que matar todas, senão não se resolve nada, voltam a multiplicar-se!". Ah caramba, tão parvo, tão igual aos outros dois - qualquer pessoa que se aproxime emocionalmente de Kersey acaba violada e/ou morta -, tão irresistível que ainda vou ao quarto esta semana.

sexta-feira, julho 14, 2023

Morgan Freeman iRing

quinta-feira, julho 13, 2023

Death Wish II (1982)

Os irmãos Golan & Globus, Cannon e Los Angeles. Lá se foi Nova Iorque, DeLaurentis e a promessa de Chicago, manteve-se Michael Winner na realização e Bronson como arquitecto da justiça. A filha continua maluquinha dois anos volvidos dos chocantes acontecimentos do primeiro filme e o Professor Taveira, perdão, Paul Kersey, arranjou nova loiraça para copular e uma empregada a tempo inteiro para cozinhar. Bandidagem a montes na cidade dos anjos sempre a escolher o tipo errado para assaltar e, mais uma vez, azar dos azares, uma entrega indevida na casa de Kersey. Depois da estreia de Goldblum no primeiro, temos agora Laurence Fishburne III como um dos patifes novatos, de óculinhos rosa choque e navalha em punho no pescoço da empregada enquanto o gangue todo a viola. Pouco depois, a confirmação oficial: a filha de Kersey é mesmo a rapariga mais azarada do planeta. Perdão, era. Até a tentar fugir a desgraçada não tem sorte nenhuma, numa morte tão inesperada quanto vistosa, um pouco como toda esta sequela, inesperadamente eficaz na forma como recicla nos mesmos moldes a narrativa do capítulo inicial, mas tornado toda a vingança pessoal e não meramente sociocultural e ideológica. Muita suspensão da descrença para acreditar que Kersey não seria apanhado pela polícia, mas nada como umas mortes criativas, seja através de um rádio de ombro ou de uma máquina de alta tensão, para fecharmos ligeiramente os olhos à lógica. Porque mais perigoso do que um Paul Kersey de fato e gravata, só um Paul Kersey de gorro e sobretudo.

quarta-feira, julho 12, 2023

Decalogia Jigsaw

terça-feira, julho 11, 2023

Death Wish (1974)

Bronson apaixonadíssimo de tronco nu nas areias havaianas, doido para agitar o coqueiro mesmo ali na praia. A mulher lá o relembra que são pessoas decentes e vão antes para a strikinight no quarto de hotel. Mal sabiam que seria a última vez. Dia seguinte, regresso a casa, a belíssima Nova Iorque de ponte de Brooklyn e do trânsito infernal, da calma do Central Park e do caos de tudo o resto. Nas notícias, a taxa de crimes que não pára de subir; nos corredores da empresa de arquitectura do Paul Kersey de Bronson, o falatório de que não se pode encher a cidade com mais polícias porque senão os impostos disparam; ao mesmo tempo, na sua casa, esposa e filha são espancadas e violadas por um trio de patifes liderados por um muito jovem - e estreante - Jeff Goldblum, aqui creditado como "Aberração #1". Cena arrojada, visualmente violenta, com a filha de Kersey como veio ao mundo, grafitada no rabo e com a boca cheia de, digamos, Goldblum. O destino de ambas fica por descobrirem, mas como é óbvio o arquitecto liberal de esquerda anti-armas vai acabar por encontrar paz interior apenas transformando-se no seu total oposto ideológico: um vigilante de rua que mata a tiro qualquer bandido que mostre a mais simples intenção de cometer um crime. Porque umas nódoas negras com meias cheias de moedas não se revelou suficiente, por mais que este tivesse sido um método de despachar vilanagem muito mais memorável e divertido. Fica o clássico que inspirou tantos outros, fica a moralidade duvidosa de escrever direito por linhas tortas, fica uma das raras incursões dos sons do lendário Herbie Hancock pelo cinema adentro. Chicago, perdão, Los Angeles, aqui vou eu.

segunda-feira, julho 10, 2023

The Secret Room of Reality

domingo, julho 09, 2023

Olhar o Medo

"Se é fácil definir o conceito de terror – qualquer dicionário dirá que é simplesmente uma intensa sensação de medo –, será igualmente fácil definir o que é o cinema de terror? Quais são as suas características e fronteiras? Qual o seu percurso e lugar na história do cinema? Depois de vários anos a pensar e a escrever sobre cinema em geral, António Araújo e José Carlos Maltez reuniram alguns dos seus textos num livro temático dedicado ao cinema de terror. O resultado é uma partilha através de análises de filmes emblemáticos e outros que merecem ser descobertos, divididos por sub-géneros e complementados por alguns ensaios. Pensado não só para os fãs do terror como também para os curiosos, Olhar o Medo é uma porta de entrada neste maravilhoso mundo de emoções fortes."
COMPRAR

sábado, julho 08, 2023

Ridley Scott & Napoleon

sexta-feira, julho 07, 2023

The Last Matinee (2020)

E vocês, já viram um filme uruguaio esta semana? Montevideu, 1993. Dica para a malta que trabalha nas bilheteiras dos cinemas: nunca confiar num tipo de gabardine escura com capuz e saco vermelho de ferramentas, que paga os bilhetes e os pega com luvas de cabedal postas. É capaz de não estar a ir ao cinema com a melhor das intenções. Pormenores, enfim. Um velho projeccionista que deixa a última sessão a cargo da sua filha, um casal em que ele é nerd e ela é galdéria, um miúdo que ficou às escondidas na sala desde a sessão anterior, um grupo de adolescentes cujo tema de conversa é a parecença de uma outra espectadora com a Brooke Shields n'A Lagoa Azul e uma versão também ela uruguaia do "Frankenstein" na grande tela. O conceito é apaixonante - um serial killer à solta numa sala de cinema -, mas a execução por mais visualmente competente que seja - efeitos práticos cujo expoente máximo é aquele olho pendurado ou a morte com o projector - acaba por pecar praticamente em todos os restantes aspectos técnico-narrativos que podem ser analisados: as interpretações são fraquitas, não há qualquer tipo de aprofundamento nas motivações e nos medos das personagens - as razões do coleccionador de olhos, para começar - e a sonoplastia começa por assemelhar-se a uma interessante homenagem aos giallos para rapidamente se tornar deveras irritante. Enfim, para memória futura, fica um sempre apaixonante primeiro beijo, um trabalho manual (sim, tradução literal do termo inglês amigos) numa sala de cinema e o pormaior engraçado nos créditos finais, com os nomes a ficarem ensanguentados conforme vão desaparecendo no topo.

quinta-feira, julho 06, 2023

Nas Nalgas do Mandarim - S09E26

quarta-feira, julho 05, 2023

Rogue District 9 Terminator

terça-feira, julho 04, 2023

Bird Box Barcelona (2023)

Saúde, rios de dinheiro, uma mansão na praia de Cacela Velha ou o João Félix no Benfica. Tudo boas opções no bolso no caso de aparecer um génio da lâmpada com a oportunidade de concretizar dois desejos. Sim, tinham que ser dois, porque se fosse só um era demasiado fácil: não meter espanhóis a falar outras línguas, principalmente inglês, em filme nenhum, por amor da nossa senhora da Agrela. City Sequel - nem sei se existe o termo, mas gosto e fica desde já registado por moi-même se for novidade, já que uma pesquisa rápida no Google atira-me imediatamente para o perigoso universo quântico sugador de vidas da Carrie Bradshaw - de outro sucesso da Netflix - aqueles sucessos medidos em número de visualizações e não valores de bilheteira -, esta versão Barcelona arranca como os Jogos Olímpicos de 1992 de forma surpreendente - um abraço para o além, Freddie e Monserrat - com vinte minutos valentes e uma reviravolta ideológica inesperada, para depois banalizar-se por completo, visão atrás de visão, ceguinho atrás de ceguinho, canelada espanglesa atrás de canelada espanglesa. Casamento, a quanto obrigas.

segunda-feira, julho 03, 2023

Vintage Payne

domingo, julho 02, 2023

Dead Reckoning I @ Segundo Take

sábado, julho 01, 2023

Mission: Impossible – Dead Reckoning Part One (2023)

Diz o Miguel que as personagens estão mal exploradas - a Ilsa que passa de personagem-chave da saga para carrancuda semi-ausente cuja paixoneta pelo Ethan só é relembrada tarde demais -, que o potencial infinito da Entidade - designação altamente parva como se não houvessem alternativas criativas para um vilão abstracto temível à la Skynet - resume-se a meter um Chiquito das telenovelas mexicanas a trabalhar por ele em dilemas parvos, que é tudo uma Quim Barreirozada do rouba a chave, mete a chave, à hora que cada um quiser. Tudo verdade. Ainda assim, porra, é Tom Cruise a salvar o cinema de sala, o cinema enquanto arte para ser apreciada num grande ecrã e não numa plataforma qualquer ranhosa de streaming. O cinema filmado no campo, no exterior, o cinema com poeira no ar, o cinema de rua, o cinema que não vive de panos verdes, estúdios e computadores para tratar dos vinte e muitos frames de CGI por segundo. A perseguição nas ruas de Roma, a cena de pancadaria num beco em Veneza, a festa no mítico Palácio Ducale, o esplendoroso aeroporto de Abu Dhabi, enfim. Esqueçamos as malas sem cadeados, as bombas que devem ter sido colocadas na ponte pelo Chiquito das telenovelas nas horas livres - com ajuda de uma grua -, as missões que se autodestroem mesmo numa época em que bastava meter o telemóvel a gravar o áudio, o comboio que se parte aos poucos, qual jogo de computador, roubando à acção aquele feeling palpável. Foquemo-nos no ritmo ininterrupto, incansável, cena após cena, sem tempo para bocejos, e na Grace. Mau, Hayley Atwell, queres ver que vou mesmo ter que ceder à Marvel só para te ver?